Nova Técnica para Tratamento dos Nódulos na Tireoide sem Cicatriz Cirúrgica
Os nódulos na glândula tireoide são bem comuns. Eles são descobertos na palpação do pescoço em 3% a 7% e pelo ultrassom cervical em 20% a 76% na população em geral.
Os nódulos da tireoide recém-diagnosticados devem ser avaliados principalmente para descartar malignidade nesta glândula. A grande maioria dos nódulos (cerca de 95%) são benignos, porém, alguns destes, necessitam de algum tipo de tratamento devido ao crescimento lento e progressivo, que por sua vez poderá levar a compressão local, relatada pelo paciente como um “desconforto na garganta” ou mesmo apresentar desconforto estético, pelo aparente volume e assimetria que pode causar no pescoço.
Atualmente, existem as possibilidades de tratar este nódulo benigno por meio da cirurgia convencional (com a retirada parcial ou total da glândula) ou pela moderna técnica, sem cortes, minimamente invasiva de ablação por radiofrequência.
O procedimento cirúrgico convencional e o mais frequentemente realizado, é feito com anestesia geral e apresenta taxas de complicações que variam de 2–10% em mãos de cirurgiões experientes. Na tireoidectomia total (retirada de toda a glândula) o paciente necessitará fazer o uso por toda a vida de hormônio (levotiroxina) para suprir suas necessidades diárias.
Os pacientes que não desejam realizar a cirurgia convencional ou que não possuem condições clínicas que permitam a realização deste procedimento, a opção mais viável e moderna que a medicina oferece no momento é a realização da ablação da tireoide. O procedimento é feito com a introdução de uma agulha fina no nódulo, guiada por ultrassonografia e que age por meio de ondas de calor, pequenas partes do nódulo são sucessivamente aquecidas até a destruição do tecido.
Com isso, com passar dos dias, o nódulo progressivamente reduz seu tamanho, melhorando sintomas e efeito estético causado pelo tamanho do mesmo no pescoço.
As principais vantagens da técnica de ablação por radiofrequência da tireoide em relação à cirurgia convencional são: na abração o tratamento dos nódulos não apresenta cicatriz cirúrgica; o procedimento é pouco invasivo e ainda preserva as funções hormonais da glândula, ou seja, evita que o paciente evolua com hipotireoidismo e, é realizado em regime de hospital-dia sendo que o tratamento é executado com anestesia local e sedação, onde a recuperação clínica do paciente após o procedimento é bem mais rápida; o procedimento possui taxas de complicação que variam de 1,4 a 3,3%, sendo a dor leve a mais comum.