Instituto da Tireoide e Laringe

Exame clinico no pescoço de mulher

Vai doer? Tudo que você precisa saber sobre biópsia de linfonodo no pescoço

 

A biópsia de linfonodo é um procedimento médico fundamental para diagnosticar uma variedade de condições de saúde, incluindo câncer e infecções. Este guia oferece uma visão aprofundada sobre o que é uma biópsia de linfonodo, como ela é realizada, e o que os pacientes podem esperar antes, durante e após o procedimento. 

 

O que é biópsia de linfonodo?  

 A biópsia de linfonodo é um procedimento diagnóstico que envolve a remoção de uma amostra de tecido de um linfonodo. Esta amostra é analisada para detectar a presença de doenças ou infecções. Este procedimento é importante, pois os linfonodos são componentes essenciais do sistema imunológico, atuando como filtros que capturam substâncias nocivas, incluindo células cancerígenas. 

 

Tipos de biópsia de linfonodo.

 Existem diferentes tipos de biópsias, incluindo a aspirativa com agulha fina, a excisional, e a incisional. A escolha do tipo será feita pelo médico e depende da condição suspeita e da localização do linfonodo. 

 

  • Biópsia de agulha fina (FNA – Fine Needle Aspiration): este é um procedimento minimamente invasivo no qual uma agulha fina é usada para retirar uma amostra de células do linfonodo. 

 

  • Biópsia excisional: procedimento cirúrgico no qual o linfonodo inteiro é removido para exame. É muitas vezes considerado o padrão-ouro para o diagnóstico de linfadenopatias, pois fornece uma amostra completa do linfonodo. 

 

  • Biópsia incisional: semelhante à biópsia excisional, mas apenas uma parte do linfonodo é removida. Isso pode ser feito quando o linfonodo é muito grande para ser removido inteiramente ou se a remoção completa acarretaria riscos.  

 

Compreenda o que é um linfonodo e qual o seu papel.  

 Linfonodos são pequenas estruturas em forma de feijão, localizadas por todo o corpo. Eles fazem parte do sistema linfático e desempenham um papel importante na defesa do corpo contra infecções e doenças. Entender sua função ajuda a compreender a importância da biópsia. 

 

Em quais condições é indicada uma biópsia de linfonodo?  

A biópsia de linfonodo é indicada em várias condições, particularmente quando há necessidade de diagnóstico diferencial ou confirmação de determinadas doenças. Aqui estão algumas das principais condições em que uma biópsia de linfonodo pode ser recomendada: 

 

  • Suspeita de câncer: uma das indicações mais comuns para a biópsia de linfonodo é a suspeita de câncer, seja para diagnosticar um câncer primário que se origina nos linfonodos, como o linfoma, ou para avaliar a disseminação (metástase) de outros tipos de câncer para os linfonodos. 

 

  • Linfadenopatia de causa desconhecida: quando os linfonodos estão aumentados (linfadenopatia) e a causa não é evidente após avaliação clínica e exames iniciais, uma biópsia pode ser realizada para determinar a causa, que pode incluir infecções, câncer ou distúrbios imunológicos. 

 

  • Doenças infecciosas: em alguns casos de infecções crônicas ou agudas, como a tuberculose ou HIV, uma biópsia de linfonodo pode ser realizada para confirmar o diagnóstico.  

 

  • Doenças autoimunes: condições como a sarcoidose e o Lúpus Eritematoso Sistêmico podem causar alterações nos linfonodos que às vezes necessitam de uma biópsia para um diagnóstico preciso. 

 

  • Monitoramento de tratamento: em alguns casos, uma biópsia de linfonodo pode ser usada para monitorar a resposta ao tratamento em certos tipos de câncer ou outras condições médicas.  

 

  • Doenças hematológicas: algumas doenças do sangue, como a leucemia e outros tipos de linfoma, podem ser diagnosticadas ou avaliadas com a ajuda de biópsias de linfonodo. 

 

 É importante ressaltar que a decisão de realizar uma biópsia de linfonodo deve ser baseada em uma avaliação clínica cuidadosa, incluindo o histórico médico do paciente, exame físico e, frequentemente, exames de imagem ou laboratoriais preliminares. A biópsia é uma ferramenta diagnóstica valiosa que pode fornecer informações valiosas para o planejamento adequado do tratamento. 

 

Conheça quais são as recomendações pré-operatórias para uma biópsia de linfonodo. 

Antes do procedimento, o paciente deve discutir com o seu médico sobre quaisquer preocupações, enfermidades existentes, alergias e medicamentos que está tomando, incluindo suplementos e medicamentos sem receita. É importante informar o médico sobre qualquer uso de anticoagulantes ou medicamentos que afetem a coagulação sanguínea. 

 

  1. Jejum: O médico pode instruir o paciente a jejuar por um certo período antes do procedimento, especialmente se anestesia geral ou sedação for utilizada. 
  2. Medicações: o médico pode aconselhar a interrupção ou ajuste de certos medicamentos antes da biópsia, particularmente se o paciente estiver tomando anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários. 
  3. Instruções Específicas: cada tipo de biópsia pode ter instruções específicas. Por exemplo, em uma biópsia excisional, pode haver mais recomendações pré-operatórias em comparação com uma biópsia por agulha fina. 
  4. Noite Anterior ao Procedimento: seguir as instruções específicas dadas pelo médico ou sua equipe sobre alimentação, bebida e medicamentos na noite anterior ao procedimento.  

 

 Essas são diretrizes gerais e podem variar conforme as práticas específicas do centro médico e as necessidades individuais do paciente. É fundamental seguir as orientações fornecidas pelo médico ou pela equipe de saúde responsável pelo procedimento. 

 

 Recomendações pós-operatórias para uma biópsia de linfonodo.  

 Após uma biópsia de linfonodo, é importante seguir as recomendações pós-operatórias para garantir uma recuperação adequada e minimizar o risco de complicações. 

  Estas são algumas das orientações gerais, mas lembre-se de que as instruções específicas podem variar dependendo do tipo de biópsia realizada e das condições individuais do paciente:  

 

  1. Cuidados com o local da biópsia: mantenha a área limpa e seca. Se um curativo foi aplicado, siga as instruções do médico sobre como cuidar dele. Evite banhos de imersão ou natação até que seja permitido pelo médico. 
  2. Gerenciamento da dor: pode haver algum desconforto ou dor após o procedimento. Analgésicos de venda livre, como paracetamol ou ibuprofeno, podem ser recomendados, mas sempre consulte o médico antes de tomar qualquer medicamento. 
  3. Observar sinais de infecção: fique atento a sinais de infecção, como vermelhidão excessiva, inchaço, calor, drenagem de pus ou febre. Se algum destes sintomas ocorrer, contacte o seu médico imediatamente. 
  4. Atividades físicas: evite atividades físicas intensas, levantamento de peso ou exercícios extenuantes. Siga rigorosamente o período recomendado pelo seu médico. 
  5. Repouso adequado: descanse o suficiente para permitir que seu corpo se recupere. 
  6. Evitar álcool e tabaco: o consumo de álcool e o uso de tabaco podem interferir na cicatrização e devem ser evitados. 
  7. Retorno ao médico: siga as instruções para consultas de acompanhamento. Estas consultas são importantes para discutir os resultados da biópsia e os próximos passos, se necessário. 

 

Lembre-se de que estas são diretrizes gerais e é essencial seguir as recomendações específicas fornecidas pelo seu médico ou pela equipe de saúde que realizou o procedimento. Se houver qualquer dúvida ou preocupação após a biópsia, não hesite em contatar o médico. 

 

Sei que a perspectiva de passar por uma biópsia de linfonodo no pescoço pode ser preocupante, mas quero assegurar-lhe que você está em mãos experientes e cuidadosas. O Dr. Amorim, um renomado cirurgião, titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e membro de prestigiosas sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e a ABORL-CCF, lidera uma equipe altamente qualificada no Instituto da Laringe e Tireoide – ITL, localizado no Hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia. Juntos, eles se dedicam a oferecer o melhor atendimento e suporte durante todo o processo de biópsia, garantindo precisão diagnóstica e cuidado. Lembre-se, estamos aqui para esclarecer suas dúvidas e apoiá-lo a cada passo desta jornada. 

 

 Perguntas frequentes (FAQ)  

 

1. Qual é a precisão da biópsia de linfonodo para diagnosticar condições médicas? 

A precisão é alta, mas depende de vários fatores, incluindo a técnica utilizada, a especificidade do caso e a experiência do patologista. 

 

2. A biópsia de linfonodo é dolorosa? 

Geralmente, a dor é mínima, especialmente se for realizada sob anestesia local. Pode haver algum desconforto ou dor leve após o procedimento. 

 

3. Quais os sintomas de um linfonodo maligno?  

Um linfonodo maligno pode manifestar-se de diversas maneiras, e os sintomas dependerão da localização e da causa subjacente da malignidade. Aqui estão alguns dos sintomas comuns associados a linfonodos malignos: 

 

  • Inchaço indolor dos linfonodos: um dos sinais mais comuns é o inchaço indolor dos linfonodos, especialmente nos locais mais comuns como o pescoço, axilas ou virilha. 
  • Mudanças na consistência: os linfonodos podem se tornar duros ou firmes ao toque, e podem estar fixos em sua posição, ao invés de se moverem livremente sob a pele. 
  • Dor ou sensibilidade: embora os linfonodos malignos frequentemente não sejam dolorosos, em alguns casos, podem se tornar sensíveis ou dolorosos após o consumo de álcool ou com o progresso da doença.
Dr. Francisco Amorim

Dr. Francisco Amorim

Dr. Francisco Amorim é Doutor pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Mestre pelo Hospital Heliópolis. Ele é Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (TCBC) e atua como médico credenciado nos Hospitais Mater Dei Premium e Israelita Albert Einstein, em Goiânia-GO.
Membro ativo da Sociedade Latino-Americana de Laringologia e Fonocirurgia, Sociedade Latino-Americana da Tireoide, Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).
É diretor técnico do Instituto da Tireoide & Laringe (ITL), além de pesquisador e autor de artigos na área, destacando-se por sua contribuição significativa à ciência médica.

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