Íngua que não some: é preocupante? Saiba identificar os sinais
Encontrar uma íngua (nome popular para os gânglios ou linfonodos aumentados) costuma gerar preocupação.
Em muitos casos, elas aparecem após infecções simples e desaparecem em poucos dias. Mas quando a íngua não some ou continua crescendo, pode ser sinal de algo que precisa ser investigado.
Neste artigo, você vai entender o que é uma íngua, por que ela aparece, quando pode ser preocupante, quais exames podem ser necessários e como é feito o tratamento.
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O que é íngua?
Íngua – ou caroço no pescoço – é o nome popular dado ao linfonodo aumentado.
Os linfonodos são pequenas estruturas que fazem parte do sistema linfático e funcionam como filtros de defesa do organismo.
Eles aumentam de tamanho quando há alguma reação de defesa contra vírus, bactérias ou inflamações.
Normalmente, após o organismo controlar a infecção, o linfonodo volta ao tamanho normal. Quando isso não acontece, é preciso investigar.
Principais sintomas de uma íngua
Além do aumento visível ou palpável do linfonodo, outros sintomas podem estar associados:
- dor ou sensibilidade na região do gânglio;
- vermelhidão ou calor local;
- febre;
- mal-estar;
- íngua endurecida e que continua crescendo.
Essas características ajudam o médico a diferenciar entre causas benignas e problemas mais sérios.
Causas comuns de íngua que não desaparece
As ínguas persistentes podem ter várias origens. A seguir, explicamos cada uma delas:
Infecções
São a causa mais frequente. Pode ser algo simples, como gripe, dor de garganta, amigdalite, infecção de ouvido, abscesso dentário ou até doenças transmitidas por vírus (como mononucleose ou HIV). 
Em geral, o linfonodo aumenta e leva alguns dias ou semanas para voltar ao normal.
Inflamações crônicas
Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, podem manter linfonodos aumentados por mais tempo devido à inflamação constante no organismo.
Alterações locais
Infecções de pele (furúnculos, micoses ou machucados) próximas à íngua podem fazer com que ela permaneça aumentada até a resolução completa do problema.
Doenças hematológicas ou câncer
Quando a íngua não desaparece, cresce progressivamente, é dura e não dói, pode estar relacionada a linfoma, leucemia ou metástases de tumores (como câncer de cabeça e pescoço).
Nem toda íngua é câncer, mas esse diagnóstico precisa ser considerado em casos persistentes.
Quando a íngua é preocupante?
Procure atendimento médico se a íngua apresentar uma ou mais dessas características:
- Persistência por mais de 3–4 semanas sem sinais de melhora.
- Crescimento progressivo.
- Endurecida, com consistência rígida.
- Não dolorosa ao toque.
- Associada a perda de peso sem explicação, suor noturno ou febre prolongada.
Esses sinais de alerta devem ser avaliados por um especialista em cabeça e pescoço.
Exames que o médico pode solicitar
Para descobrir a causa de uma íngua persistente, o médico pode solicitar diferentes exames.
Entre eles estão os exames de sangue, que ajudam a identificar sinais de infecção, inflamação ou alterações hematológicas. A ultrassonografia da região também é bastante utilizada, pois permite avaliar o tamanho, o formato e as características do linfonodo.
Em casos que exigem uma análise mais detalhada, podem ser recomendadas a tomografia ou a ressonância magnética, que fornecem imagens mais precisas.
Diante de um processo infeccioso inconclusivo (ou seja, não ficou definido o agente agressor), sem melhoras com tratamento clínico inicial, temos que lançar mão das pesquisas e culturas diversas, que são feitas após a realização da biópsia deste linfonodo, para só então termos o diagnóstico de certeza e consequente tratamento adequado.
Outra situação em que recorremos à biópsia destes linfonodos é quando existe a suspeita de câncer ou linfoma. O exame definitivo costuma ser feito com a biópsia do linfonodo (histopatológico), que irá analisar o tecido em profundidade e confirmar o diagnóstico de malignidade.
Quais são os tratamentos possíveis nesses casos?
O tratamento das ínguas que não desaparecem depende diretamente da causa identificada.
Quando a origem é uma infecção bacteriana, geralmente o médico prescreve antibióticos. 
Já nas infecções virais, a recomendação costuma ser repouso, hidratação e cuidados sintomáticos até a melhora espontânea do organismo.
Em situações relacionadas a doenças autoimunes, o acompanhamento com reumatologista é fundamental para controlar a inflamação.
Nos casos de câncer ou linfoma, o tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia, conforme a avaliação médica. Por isso, não existe um tratamento único: identificar corretamente a causa é essencial para garantir a recuperação adequada.
Agora você sabe que, na maioria das vezes, a íngua aparece como resposta natural do corpo a infecções. Porém, quando não some ou apresenta sinais de alerta, pode indicar problemas mais sérios que precisam de diagnóstico precoce.
O Instituto da Tireoide & Laringe está à disposição para te atender, realizar uma avaliação detalhada e indicar os exames e tratamentos necessários para sua saúde e tranquilidade.
Perguntas Frequentes
1. Toda íngua é sinal de câncer?
Não. A grande maioria das ínguas está relacionada a infecções comuns. Porém, ínguas que não desaparecem devem ser investigadas para descartar doenças mais sérias.
2. Quanto tempo uma íngua pode durar?
Ínguas por infecção simples geralmente desaparecem em 1 a 2 semanas. Se persistirem por mais de 3 a 4 semanas, é hora de procurar um médico.
3. Íngua que dói é menos preocupante?
Em geral, sim. As ínguas dolorosas costumam estar relacionadas a infecções. Já as que não doem, crescem e ficam endurecidas, merecem investigação mais detalhada.
4. Posso tratar íngua em casa?
Apenas em casos leves, quando a causa é uma infecção viral já conhecida. Compressas mornas podem aliviar desconforto, mas se a íngua não regredir, não tente automedicação: procure um médico.
5. Qual especialista devo procurar?
O otorrinolaringologista especializado em cabeça e pescoço é o profissional mais indicado. Dependendo da suspeita, o médico pode encaminhar para hematologista ou oncologista.


